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  • One Leg Circle

    É o primeiro exercício do Mat que afasta os membros do corpo e também é o primeiro unilateral. Difícil pra caramba porque também tem o foco no que "não mexe", no que está ancorado no chão. Afinal, todos os exercícios são para o corpo inteiro. Quando olhamos praticantes avançados treinando podemos ver dinamismo, estabilidade e flexibilidade, daí lembramos dos nossos alunos no estúdio e pensamos: Ah tá, impossível! É verdade que muitas vezes, quando assistimos uma aula feita por instrutores para instrutores intitulada “Pilates Básico”, vemos este exercício começar já com uma perna lá no alto e a outra esticadona no Mat, o que é impossível para pelo menos metade dos nossos alunos regulares. No entanto o que estamos vendo é uma aula básica para iniciados, existem formas ainda mais básicas para os que precisam. Quando o aluno é muito encurtado, nada nos impede de usar um Magic Circle ou uma faixa para alongá-lo antes de entrar no exercício. Ele pode colocar o círculo em um dos pés, segurar a outra ponta, levar a perna à posição em que sinta o alongamento e fazer pequenos pulsos, por exemplo. Pode também fazer o movimento de “flex e point” ou esticar e dobrar o joelho. Enquanto ficamos de olho no alinhamento. Existe um exercício, o Leg Slides ou 5-10-15, que é considerado um “Before the One Leg Circle” (Kathy Grant que me perdoe a inspiração mais uma vez). O aluno deixa uma perna dobrada com o pé apoiado no Mat, a outra fica esticada mantendo as coxas unidas e os joelhos também. A ideia é o aluno grudar uma perna na outra pensando na contração dos músculos envolvidos na sua “Base Pilates” ou seja o Core e manter a posição enquanto faz algumas respirações. Podemos instruí-lo a mandar a perna para longe enquanto o abdômen gruda, a ideia de oposição pode ajudar a fazê-lo entender que quem sustenta a perna é a pelve e quem sustenta a pelve é a barriga, os glúteos e os adutores. Após umas 3 ou 5 respirações (ou contar até 5) nesta posição a perna estendida desce na altura da metade da canela da perna que está apoiada no Mat e tudo se repete e por fim descemos a perna ao nível do tornozelo da outra. Quanto mais a perna desce, maior a necessidade de estabilizar da bacia e então o aluno vai percebendo que o exercício não é focado apenas na perna. Temos que usar o estômago para subir a perna, só que antes do aluno ter a sensação, ele não vai entender esse comando nunca. *O nome 5-10-15 é porque há professores que fazem 3 repetições para cada perna contando até 5 na primeira, 10 na segunda e 15 na terceira. Uma forma de passar esta sensação para iniciados (e não iniciantes), que ainda estão descobrindo como que o estômago pode mexer a perna, é fazendo retângulos ao invés de círculos parando em cada ponto, ou seja, a perna começa no alto, na linha média do corpo (alinhada ao umbigo ou nariz). O aluno desce a perna fechada e para por uns 3 segundos tentando perceber como está a bacia, o abdômen e tal. Aí ele abre um pouco, para de novo e faz a análise. Sobe ainda aberta e para mais uma vez. Por fim fecha centralizando-a no alto. Esta variação é apenas para entender de onde vem a força e depois voltamos para a energia dinâmica do exercício, sem delongas para o aluno não perder o aquecimento e nós não cairmos no sono, por favor. Lembre-se: Pilates é visceral, se não tiver a sensação de massagem nas vísceras, está faltando compreensão. Também podemos levar o aluno para o Cadillac e solicitar círculos unilaterais usando a mola, ou seja, exatamente o mesmo exercício. A resistência além de fortalecer pode ajudar na flexibilidade e dar um feedback para o corpo, pois ao empurrar a mola para longe (e não para baixo) ele entende melhor a necessidades de achar espaços e as oposições, pois se ele não vencer a mola desta maneira (indo para longe) ela achata e desalinha. *As molas do Cadillac clássico são bem pesadas e muitos alunos não conseguirão fazer com elas posicionadas onde ficam originalmente para exercícios de pernas, por isso podemos passá-las para o outro lado e colocá-las na altura das molas de braços. Lembre-se: As variações só devem ser usadas quando necessário. Se o aluno, mesmo no primeiro dia, se mostra forte e flexível começamos com tudo. Observe e avalie. Quer saber mais sobre o Pilates Clássico? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • Roll Up

    Este é o exercício que dá aquele tapa na cara da gente e avisa: Com essa coluna dura você parece um velho aos 30 anos (30 só para ser fiel ao Sr. Pilates)! Sabe aquela pessoa jovem, forte, com abdômen tanquinho que não faz o Roll Up? Pois é, tem de montão. Não é uma questão de força bruta. Pilates nunca é. Se não trabalharmos a mobilização da coluna, esse aluno nunca irá fazê-lo. Mas por que é importante fazer um Roll UP? Porque mobilidade é tudo. Basta olhar uma criança se mover para perceber o tamanho da liberdade que ela tem. Essa liberdade perdemos ao longo da vida e é o que mais precisaremos na terceira idade. Sentar e levantar do chão não é apenas questão de força. Cruzar as pernas para calçar o sapato, lavar os pés no banho… Enfim, força sozinha não nos deixa independentes. precisamos ser capazes de nos mover em todas as direções de forma eficiente. O método Pilates é sobre isso, recuperar movimentos e o Roll Up é apenas um exemplo de exercício que nos mostra o nível de rigidez ou mobilidade de cada pessoa. Na maioria das vezes nos chegam alunos que não conseguem sentar eretos mesmo com os joelhos dobrados. É claro que este tipo de corpo vai fazer um "Before the Roll Up" (Kathy Grant que me perdoe a inspiração), ou seja, um Half Roll Down, por exemplo, e talvez até com os pés fora do Mat. Ter um Mat (o aparelho High Mat) é muito importante, principalmente para alunos complicados, pois ele não é no nível do chão e essa pequena altura pode trazer grandes benefícios para alunos encurtados em exercícios como o Roll Up, Spine Stretch Forward ou Saw, por exemplo. Ele tem a faixa de apoio para os pés que tanto dá suporte para quem tem dificuldade como feedback para os mais avançados. Possui apoios para as mãos que tem os mesmo benefícios da faixa para os pés e ainda é bem acolchoado o que evita machucar a coluna durante os exercícios de rolamento. “Tapetinhos de Yoga” ou “colchonetes de academia” podem funcionar, afinal o Sr. Pilates escreveu um livro para que todos pudessem fazer sua serie de Mat em casa, contudo na prática funcionam mais para alunos avançados e instrutores. No geral precisamos do Mat ou Cadillac para ajudar não só os alunos, mas a nós mesmos quando estamos ensinando, pois eles nos deixam livres de fazer o papel dos apoios de pés e mãos e ainda das reclamações de dores causadas pela compressão das vértebras no chão. Mat da Equipilates O Roll Up desafia até iniciados. É um exercício difícil de ser feito com qualidade. Por isso, não desista caso o seu ainda não esteja no ponto de levar estrelinha na testa. Principalmente não desista do seu aluno e nem deixe ele aprender dando um impulsão e caindo na volta, "peloamordedeus"! Não que seja super proibido dar um impulso, mas se for apenas isso, nada vai mudar no corpo do aluno e se o objetivo é flexibilizar a coluna esta estratégia não é eficiente. Existem passos a serem dados para facilitar a caminhada. Use o Half Roll Down - o aluno senta com os joelhos flexionados, pés apoiados no Mat e mãos atrás das coxas, ou seja, aliviamos a tensão da cadeia posterior e damos pontos de apoio que são as mãos nas coxas. Com isso facilitamos o enrolar da coluna. No início, é legal deixar os calcanhares o máximo afastados do quadril possível mantendo os pés apoiados, pois isso pode ajudar no equilíbrio e a aliviar a tensão nos flexores de quadril. Esse posicionamento também funciona para alunos obesos, pois dá mais espaço para a barriga. Pedir para o aluno olhar para a barriga já faz ele enrolar a coluna. Também costumo pedir para esconder a bunda ou levar o peso para o sacro e coloco a mão para ele entender o que estou falando, mas sem descer o corpo ainda, ou seja, ainda sem se mover. Quando me asseguro que ele está começando a mover pela pelve, começo a pedir para ele descer até próximo a lombar e voltar sempre mostrando o que quero com a mão, porque por mais que para nós possa parecer impossível que alguém não saiba o que é sacro ou lombar ou cóccix, algumas vezes eles realmente não sabem e não nos falam, então só vamos descobrir algumas aulas depois. Talvez não precise mais do que isso e talvez nem isso seja possível na primeira aula e tudo bem. Existem outras opções. Os aparelhos somam forças. Se existisse um jargão para o sistema seria "unidos venceremos". Nós precisamos entender profundamente o elo entre os exercícios. Chame o Cadillac para socorrer e abuse do Rolldown Bar - Lembre-se que o que move a barra de Rolldown não é o braço, é a coluna, o Power House. Do mesmo jeito que o Half RollDown, o aluno pode iniciar com os joelhos dobrados e o movimento deve iniciar na pelve para garantir o enrolamento da coluna, afinal estamos atrás da flexibilidade. Não é preciso descer até deitar no Cadillac, o importante é perceber se o movimento está sendo feito. Aos poucos prosseguimos. Na serie básica do Reformer o aluno vai se deparar (não se debater) com Stomach Massage Round, Short Box, Elephant, o Round do Kneeling Knee Stretches e tudo isso vai prepará-lo para o Roll Up. Na temida Wunda temos um básico que pode ajudar - Push the Pedal Down - Claro que vai depender da flexibilidade do aluno para introduzí-lo, mas devemos lembrar que algumas pessoas tem posteriores de coxa flexíveis porém a coluna dura, para essas pessoas vai ajudar bastante. Acredito que o melhor caminho é procurar dentro do método as ferramentas para ajudar na construção da tal da curva C. No geral, apesar de todos os exercícios serem maravilhosos, nenhum deles faz milagre sozinho, por isso peça algumas repetições, siga com a aula e tenha paciência e persistência para vê-la aparecer, não no tempo que você espera, mas no tempo do seu aluno. Quer saber mais sobre o Pilates Clássico? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • Benefícios do Pilates (Instrutor x Aluno)

    Exercício de preguiçoso ou sangue, suor e lágrimas? Afinal para que serve o Pilates???? Quantas vezes já ouvimos esta pergunta e ainda é complicado fazer o público em geral entender que Pilates é uma atividade de CONDICIONAMENTO FÍSICO com EXERCÍCIOS CORRETIVOS, como o próprio Sr. Pilates descreveu e nunca vi melhor descrição. Sendo as duas coisas verdadeiras e de igual importância. Agora, como instrutora a minha resposta é: o método pode melhorar absolutamente tudo na vida. Da massa magra ao humor, da massa gorda a TPM, da massa óssea ao "empoderamento", da circulação ao relaxamento da mente, da respiração ao combate aos medos, do equilíbrio físico ao espiritual passando pelo mental. Sei porque além de dar aulas também pratico, por isso essas considerações são sobre o meu próprio processo. Nós, instrutores estudamos a fundo, praticamos mais que os alunos (ou deveríamos), quando praticamos estamos atentos a todas informações, tentamos entender cada vez mais cada exercício e todo o sistema de exercícios, por isso enxergamos benefícios que, muitas vezes, escapam aos alunos, porque nós estamos 100% interessados no processo. Talvez a tarefa mais difícil de ser professor de Pilates é fazer o aluno se interessar por um leque maior de benefícios. O que os alunos entendem como benefício inicialmente: Ficar livre de alguma dor Flexibilidade Respiração Postura Às vezes é apenas isso e ainda acham que a postura vai cair do céu sem nenhum esforço, pois muitos não consideram o método como uma forma de condicionamento físico. Há diversas vertentes do método Pilates. Aqui no Brasil existem trabalhos tão poluídos ao ponto de descaracterizarem o método, infelizmente essas formas de trabalho ainda são as mais populares. Talvez seja por esta razão a dificuldade das pessoas em entenderem o que o Pilates de fato é e, ainda, o que ele pode fazer por elas. O método Clássico vem crescendo a cada ano e conquistando um espaço no coração dos instrutores e alunos por ter resultados fáceis de enxergar, sentir e medir. A dificuldade para muitos instrutores em ter conhecimento desta linha de trabalho é o custo dos cursos, além da obrigatoriedade da prática do professor e educações continuadas para que o método fique cada vez mais claro e o professor consiga aplicá-lo com facilidade e clareza para todo seu público. Tudo isso é um investimento de tempo e dinheiro, mas para ficar excelente em qualquer profissão é preciso esse tipo de esforço e organização. Por que a nossa profissão seria diferente? Se nós não nos valorizarmos, como seremos valorizados? Quais os reais benefícios do método Pilates: Melhora: - Circulação sanguínea e sistema linfático - Função e saúde cerebral - Capacidade respiratória - Concentração - Sono - Equilíbrio - Postura - Humor - Autonomia Aumenta massa magra e óssea Diminui massa gorda Auxilia no combate a depressão e ansiedade Fazer exercícios estando concentrado e presente traz relaxamento e reflexões em relação a sentimentos como medo e vaidade. Ajuda a realizar as tarefas diárias com o mínimo de esforço e máximo de prazer. Tudo isso o Pilates faz, mas claro que algumas dessas coisas precisam de outras medidas feitas junto a prática do método como controle alimentar, por exemplo. Sem controle alimentar nenhuma atividade física diminui a massa gorda. Eu costumava malhar em uma academia que muitos dos alunos eram sem dúvida fortes, porém muitos tinham pneuzinhos e até pneuzões, por tanto a alimentação é importante para atingir resultados até mesmo em modalidades como a musculação. Tratar de depressão e ansiedade requer tratamento com psicoterapeutas, médicos e, às vezes, remédios, mas todo mundo concorda que atividade física é de grande ajuda no combate à essas doenças. Hoje em dia muito se fala em sarcopenia (perda progressiva de massa muscular) e os médicos, no geral, indicam apenas musculação para combater esta síndrome. É de se entender que, quando se tem profissionais da área de Pilates trabalhando de formas tão diferentes e chamando todas elas pelo mesmo nome, ao falarmos em Pilates muita gente ainda associa apenas a alongamento, postura, relaxamento e até massagem. Dói saber que, se as pessoas não entendem o método como uma forma de fortalecimento muscular efetivo, a culpa é nossa. Assim perdemos alunos para a grande novidade do momento que é: "tenho sarcopenia e meu médico indicou musculação". Indo em direção contrária, graças a uma hérnia de disco, uma antiga aluna voltou a fazer aulas para começar a treinar o corpo em um ambiente seguro. Veja, para isso o médico dela indicou Pilates, ou seja, como forma de tratamento. A ideia, no entanto, era que ela migrasse para a musculação, assim que estivesse mais fortinha. Em 4 meses ("só com Pilates", como costumamos ouvir por aí!) ela ganhou 1kg de massa magra. Ela e o médico se surpreenderam com o resultado. Como ela conseguiu isso? Fazendo aula 3x por semana concentrada nos objetivos, sem perder o foco, sem se fazer de vítima, com vontade de malhar, suar, chorar e sangrar na aula (a parte do choro e sangue é figurativa!), sem reclamar, apenas relatando como estava a cada dia e confiando no processo. Conclusão, a musculação saiu da mente do médico porque ele viu o resultado. Infelizmente nem todas as pessoas tem esta disposição. Muitos procuram o Pilates porque não gostam de fazer exercício, porque precisam dar satisfação a família ou médico sobre a prática de atividade física, consideram a "social" mais importante que malhar... Aí realmente não dá para ter um bom resultado. Para o aluno dedicado, o Pilateiro raiz, um trabalho dentro do sistema, mesmo que adaptado para aqueles mais debilitados, traz bem-estar, a percepção de que as tarefas do dia-a-dia ficaram mais fáceis, a comprovação do ganho de massa magra dada pelo médico ou nutricionista (para isso é necessário acompanhamento), a densitometria óssea mostra um resultado melhor, melhora do sono... Bom e o "muquinho" que passa a existir ao olhar no espelho, claro! Para saber mais, faça assim, só vem e vem com vontade! Quer saber mais sobre o Hundred? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • Intuição - A Arma Secreta

    Todos nós somos capazes de intuir coisas. Intuição não é uma coisa de outro mundo, mas algo que surge através do acúmulo de experiências vividas, ou seja, é algo que desenvolvemos e apuramos com o tempo. No estúdio, chegam clientes com diversos tipos de necessidades e questões das quais não podemos negligenciar, por tanto nosso grande desafio é mover corpos com segurança do jeito que eles se apresentam a nós. No geral, usamos o sistema básico e, sempre que preciso, ajustamos os exercícios para a necessidade de cada cliente. Sim! O professor clássico também ajusta exercícios e exclui o que não for ideal para o cliente mesmo no sistema básico. Aprendemos nos cursos series de exercícios, mas as especificidades e questões de cada cliente podem pedir ou até mesmo gritar por alguns desvios da forma tradicional como cada exercício é ensinado ou desvios da sequência seja ela de que nível for. Esta percepção por si só gera autonomia no nosso trabalho. Já coloquei alunos no Reformer que, a princípio, só eram capazes de fazer o Footwork, Hundred, Running e Pelvic Lift (e sem o "lift" da pélvis!), ou seja, eu dava um salto triplo do início para o final da sequência básica. Aos poucos, treinando em outros aparelhos, eles vão tomando confiança neles e no Reformer, desenvolvem força, flexibilidade e coordenação suficiente para fazer mais alguns exercícios da sequência. Uma vez, uma aluna que vinha fazendo progressos a olhos vistos chegou travada no estúdio, pois quase foi vítima de um assalta a mão armada e conseguiu escapar se arriscando muito. Chegou mancando, com dor dor para se deitar. Imediatamente minha intuição me guiou a iniciar a aula com exercícios que fossem mais frios para ela esfriar a cabeça, após começamos a aquecer o corpo de uma forma menos intensa do que ela estava acostumada, mas capaz de fazer o sangue circular e limpar toxinas. Minha ideia era deixar o corpo mais flexível e trazê-la para aula fazendo-a esquecer os problemas, pois a aula de Pilates deve ser um momento de atenção plena e isso gera uma sensação enorme de relaxamento. Ao final, voltamos a esfriar para dar sensação de acolhimento, mas sem fragilizá-la. Para isso, usei a finalização na parede, para ela sair com o corpo alto e o peito aberto. Mais tarde no mesmo dia, ela me ligou agradecendo, disse que, como se fosse um passe de mágica, estava sem dor. Ponto para minha intuição. Se eu tivesse seguido algum tipo de protocolo, como começar a aula com o Footwork ou Hundred talvez a tivesse deixado mais rígida e ela não teria obtido o mesmo resultado. Quanto mais tempo, mais prática como aluno e mais aulas dadas no formato clássico mais sabemos como desmembrar um exercício, adaptá-lo ou excluí-lo da sequência. Não adianta se debater, chorar ou sofrer em relação a isso. A construção de toda profissão é um processo e mesmo os instrutores mais cascudos ainda estão aprendendo. Quanto mais damos aulas podemos perceber que os corpos se adaptam e ajustam de formas diferentes, porém aprendemos com cada experiência e dessa forma vamos construindo a nossa intuição. Todo professor já apresentou um exercício antes da hora para o aluno e ao se deparar com seu "erro" (provavelmente imediatamente!) teve que voltar atrás ou adaptar e talvez rezar para o aluno não achar que "passou de faixa" e querer repetir o exercício na próxima aula (acredite, acontece com TODO mundo!!!). Ao longo do tempo nossa intuição nos previne e esses eventos acontecem com cada vez menos frequência. Por isso, tenha paciência, construa sua intuição, acredite em você e no seu processo. Quer saber mais sobre o Hundred? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • O Mito da Seita

    Prof que treina = Prof feliz e mais capacitada Já ouvi de mais de uma pessoa que professores de Pilates Clássico são como uma seita. Trabalham do mesmo jeito, treinam do mesmo jeito, ficam repetindo que professores tem que treinar, bajulam o Sr. Pilates até não poder mais... Tudo isso é verdade. E também é fundamentado. Talvez você esteja revirando os olhos e pensando : "Ih esta também faz parte da seita"! Se o caso for este: Vida longa para essa tal de seita. No entanto, vou me defender. O Sr. Pilates viveu por quase 84 anos e desenvolveu seu método ao longo de muitas décadas. Dedicou sua vida a isso com seriedade, intensidade e respeito a sua própria verdade. Por isso, o método que ele criou é denso, refinado, extenso. Não tem como aprendê-lo sem mergulhar de cabeça. É estudo para uma vida inteira. Faz sentido para mim que se nós escolhemos um propósito para nossas vidas e nele temos nossa forma de sustento é porque acreditamos que faz a diferença na vida do aluno. Se essa é a nossa crença, logo temos que admitir que fará a diferença na nossa vida também. Isso é um pensamento coerente. Veja todo professor de Yoga é um yogue. Todo mestre de karatê é um lutador. Todo professor de ballet é bailarino. Esta lógica se repetirá em qualquer modalidade de actividade física, por que seria diferente na nossa profissão? Dá para pagar as contas dando qualquer formato de aula de Pilates de qualquer que seja a linha de trabalho ou a falta de linha de trabalho, mas dá para ser feliz fazendo um monte de exercícios aleatórios, massagem com bolinha ou rolo a cada fim de aula só para ganhar o aluno (porque resultado mesmo essa massagem não dá, né?), ficando perdido em relação ao que fazer com o aluno, passando qualquer coisa para preencher o tempo da aula, buscando sugestões no Instagram e não tendo a menor ideia de como ensinar aquele exercício badalado para o aluno ou como posicioná-lo, desconhecendo o objetivo do exercício que você escolheu passar ou trabalhando de forma mecânica como um zumbi, sem prazer nenhum? Não é um julgamento, é apenas uma pergunta. Tudo isso já se passou comigo. Quando descobri a linha clássica e comecei a estudar e a praticar tudo começou a fazer sentido. O método clássico é uma ferramenta de trabalho maravilhosa, pois desenvolve uma linha de raciocínio perfeita, um entendimento de corpo e movimento incrível. Todo exercício é capaz de nos fazer entender muita coisa sobre o corpo daquele aluno e também nos dá a possibilidade de desenvolver o que for preciso, mas para as fichas caírem, os olhos ficarem afiados e nosso pensamento conseguir se organizar e decifrar as informações, é preciso dedicação. Para realizar qualquer coisa na vida que valha a pena é preciso dedicação. Na nossa profissão dedicação significa, entre outras coisa, treino. O treino ensina o exercício, o sistema, como funcionam as molas, a quantidade de molas, o número de repetições, como posicionar o corpo, quais as inúmeras dificuldades que o aluno vai enfrentar... O treino constante nos mostra que os exercícios tem diversas camadas e para ensiná-los com precisão precisamos nos dedicar a chegar à mais profunda delas. Também nos faz entender que todos os exercícios estão interligados, que fazemos a mesma posição em diferentes exercícios e aparelhos porque cada um nos desafia de um jeito, que o corpo aprende, se fortalece, flexibiliza, avança, se liberta de padrões lesivos com a repetição. Além disso o treino focado no momento presente (concentração), trabalha a mente e as emoções. Além de ser uma forma de estudo, também nos desenvolve como um todo (corpo, mente e espírito) e de quebra nos deixa mais saudáveis como um todo. Se toda vez que você lê esta frase do mestre Joe: “Com 10 sessões você perceberá a diferença , com 20 sessões os outros irão perceber a diferença e com 30 sessões você terá um um novo corpo” Você não entende, mesmo sendo professor de Pilates, fica dando justificativas, fala que o autor da frase é completamente louco ou que isso era coisa do tempo dele, então acredito que você não tem se dedicado a sua profissão (digo enquanto professor de Pilates e não como fisioterapeuta ou educador físico ou profissional da dança) e não tem Pilates em você. Se você não leva dentro, como vai ajudar o outro? O primeiro passo para ser mais feliz no trabalho é ter Pilates suficiente em você para apenas entender esta frase. Depois disso sim começa a jornada da sua nova vida profissional. Será longa, muitas vezes dura, mas muito mais e cada vez mais prazerosa. Tenho certeza que se você acreditar no caminho, vai entender que o Sr. Pilates era um gênio que estava à frente do tempo e não ultrapassado. Quem sabe vai até começar a chamá-lo de Joe e entrar para a seita, não porque virou moda, mas porque você, a sua forma, vai se tornar tão íntimo do método que verá o Sr. Pilates como alguém que está na sua vida. Trabalhar com Pilates é uma escolha. Assim como a forma que levamos a vida, cuidamos da nossa saúde e trabalhamos. Respeito todas as formas de trabalho, mas não consigo deixar de convidar a todos para fazer parte desta seita. Quer saber mais sobre o Hundred? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • O tal do Espírito

    As frases “A contrologia é a completa coordenação do corpo, da mente e do espírito” e “Contrologia desenvolve um corpo uniforme, corrige posturas erradas, restaura a vitalidade física, vigora a mente, e eleva o espírito”  são trechos icônicos do livro do Sr. Pilates, mas afinal, o que é esse tal de espírito? Acredito que não exista uma resposta correta para esta questão. Vai depender da interpretação de cada praticante, mas uma coisa é certa, só acha uma resposta quem pratica. A resposta que eu encontrei foi que Joe descreveu o nosso todo como o corpo sendo a expressão física, a matéria, a mente como a parte pensante e racional e o espírito como a emocional e subconsciente. A mente racional comanda o corpo, recebe as instruções e transforma em movimento percebendo o contato do corpo com os aparelhos, a resistência das molas, a orientação no espaço, fazendo todos os ajustes necessários para manter o equilíbrio, o ritmo e a precisão. Porém, enquanto tudo isso está acontecendo no nível racional, um turbilhão de emoções vem à tona. Ao observar os alunos distinguimos as diferentes formas que encontram para expressar suas emoções. Alguns se mostram obcecados por controle, fazem mil perguntas (pode ser que tenham medo de se sentir vulneráveis?) e tanto perfeccionismo trava o movimento, outros tem medo de mover (quanta dor já sentiram?), alguns não conseguem seguir as instruções e se movem de qualquer jeito (talvez não consigam olhar pra dentro), outros não suportam correções (pode ser que a interpretem como críticas), tem alunos que precisam “fazer a social” (será uma fuga? A expressão de alguma carência?), tem os que dão desculpas o tempo todo quando não conseguem entender (talvez se sintam desqualificados). Exemplos é o que não falta dentro do estúdio. Nosso corpo hoje é o resultado de experiências físicas: Como nos movemos ao longo de nossa história. Quais dificuldades tivemos para nos mover? Quais desafios aplicamos a nossos corpos? Que padrão usamos em nossa rotina? Sofremos intervenções cirúrgicas? Quebramo-nos? Sofremos entorses? Quantos vezes sentimos dores, nos machucamos? Quantos toques tivemos? Foram gentis, acolhedores, agressivos? O nosso corpo de hoje também é fruto de nossas experiências psicológicas, então podemos nos fazer todas estas mesmas perguntas e outras tantas para conseguir compreender o que somos hoje.  Vou contar uma de minhas experiências pessoais para ilustrar que não há como separar o emocional durante uma atividade física como o Pilates. Estava eu fazendo aula particular com o professor Fernando Albernaz durante uma formação com 12 participantes. Algumas vezes ele usava o recurso de colocar o pé no carro do Reformer para travá-lo. Esse recurso pode ser usado para fazer o aluno entender que em muitos exercícios é importante fechar o carro e não abrir (abrir é o que todo mundo quer, né? Abrir o carro é uma delícia. Rs) ou para dar segurança em exercícios como o Snake and Twist. Pois bem, toda vez que ele travava o carro, eu entrava em desespero e falava: Fernando, tira o pé do carro. Ele atendia na boa e passou a evitar travar o carro. Algumas formas de contato também me irritavam e comecei a perceber que não eram as que me guiavam, mas as que me travavam. Logo as outras integrantes do curso (hoje todas são queridas amigas), de forma leve, começaram a mexer comigo: "Com a Monique tem que ser “hands off”. Após alguns dias de curso ficou claro que odeio me sentir presa. Comecei a conversar sobre isso com as outras participantes e alguém perguntou se eu já fui assaltada. Lembrei que quando tinha 16 anos estava no ponto de ônibus sozinha e um cara me travou na parede, começou a dizer que era um assalto mas ao final passou a mão em mim e foi embora. Foi tudo muito rápido, eu voltei pra casa completamente abalada e após o choque inicial, nunca mais pensei sobre isso. Bloqueei o trauma. Muito provavelmente esse trauma é a razão da minha aversão a me sentir presa. Portanto, nunca devemos julgar o aluno por suas questões, não sabemos o que se encontra por trás delas e não é o nosso papel como profissional do movimento tratar diretamente a cabeça do aluno (a não ser que ela se encontre desalinhada), mas se conseguirmos fazer com que ele mantenha o foco na aula, se ele estiver aberto e preparado terá um resultado muito mais abrangente e efetivo do apenas o físico, pois como sabemos o movimento cura. O corpo expõe nosso espírito, ou seja, o estado da nossa energia e todas as emoções passadas e presentes. Posso garantir (uma das lições do Sr. Pilates) que o exercício físico é o aliado perfeito para mudanças profundas, mas para o resultado ser além do estético, a pessoa terá que fazer isso envolvendo todo o seu ser, trazendo tudo o que ela é para o momento presente. Corpo, mente e espírito juntos são o grande segredo do Sr. Pilates e de todas as transformações que podemos conquistar praticando seu método. A plaquinha que ganhei das amigas participantes do curso de formação. AMO! Quer saber mais sobre o Hundred? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • Slow Motion, Fast Forward, Rewind

    Quando trabalhava com o que acreditava ser o Pilates Contemporâneo, pedia que os alunos fizessem os exercícios beeem devagar. Acreditava que era para ser feito assim. Eu não me lembro exatamente de onde vinha essa crença, mas de fato é mais fácil controlar o corpo fazendo movimentos de forma mais lenta. Eu, particularmente, sou medrosa e tenho necessidade de controle (coisa que descobri praticando Pilates), por isso minha tendência é me mover devagar. A velocidade testa todo o meu ser. Quando aprofundei meus estudos na linha Clássica, aprendi que cada exercício tem seu próprio ritmo. Pilates é um método de condicionamento físico, então imagina quanto tempo perdi fazendo minhas aulas em slow motion!!! O único exercício que fazia meu coração acelerar de verdade era o Hundred, porque não dá para fugir do compasso do Hundred. Quando não estamos perdendo o fôlego e nosso coração não está batendo mais forte (além de faltar paixão), o treino não terá competência para trabalhar a capacidade cardiorrespiratória e cardiovascular. Esses fatores são de tanta importância para o Sr. Pilates, que foram descritos algumas vezes em seus livros, por isso não podem ficar de fora. É importante pensar nas diferentes cadências propostas dentro do método e ensiná-las aos alunos para que dentro do tempo certo de cada exercício consigamos obter todos os benefícios e o trabalho fique mais completo. No Pilates há diversos exercícios que podem e serão feitos de forma mais rápida como o Footwork (Toes, Arches e Heels, desacelerando no Tendon Stretch), a série de Stomach Massage e Kneeling Knee Stretches, por exemplo. Assim que o aluno demonstra um bom padrão de movimento podemos adicionar mais dinamismo.  O aluno traz sua personalidade para a aula e isso vai influenciar na forma que ele a expressa durante o exercício, então temos que dar corda naqueles que praticam em slow motion , como eu, para tirá-los da zona de conforto, levá-los a zona de condicionamento e desafiar o controle deles através do aumento da energia de execução do exercício. Também existem pessoas que se movem de forma fast forward (talvez os ansiosos ou vaidosos?). Muitas vezes o aluno acelera o exercício para disfarçar fraquezas e instabilidades. A velocidade deve desafiar o controle e não ser uma fuga, ou seja, não deve-se fazer rápido e de qualquer jeito para disfarçar a dificuldade. Tem gente que acha irritante prestar atenção nos detalhes porque tem resistência em admitir que tem dificuldade. Acho esses alunos os mais complicados para corrigir, pois esbarramos com as questões psicológicas, contudo paciência e persistência são características de um bom professor. Não adianta ficar enchendo o aluno de correções e dizendo “mais devagar” a cada segundo, porque isso só vai gerar mais irritação e frustração. Não será em 1 aula, talvez nem em 1 mês, mas em algum momento, ele entenderá e é lindo de ver quando eles começam a entender. Se não houver controle e consciência, não adianta avançar. Às vezes a ânsia de evoluir (geralmente por medo do aluno ficar desmotivado), nos faz antecipar a introdução de algum exercício, porém se estiver faltando alguma coisa na base, os avanços provavelmente serão desastrosos. Caso isso aconteça, lembre-se: passos para trás não só podem como devem ser dados. Não hesite em apertar o rewind caso seja necessário. Saber o tempo de cada exercício é importante para que o propósito seja alcançado na sua totalidade e também para que possamos nos mover com fluidez, ou seja, com naturalidade mesmo travando grandes batalhas internas. Como bem disse Graziela, uma aluna minha, é bonito entrar num estúdio de Pilates porque apesar de todos estarem se exercitando, ninguém está se debatendo. Esta é uma sábia descrição sobre mover com controle, e, afinal, o nome do método é Contrologia a Arte e a Ciência do Controle. Quer saber mais sobre o Hundred? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • Footwork para Iniciados

    O Footwork é o primeiro exercício passado no Reformer. Praticamente todo mundo que consegue deitar no aparelho consegue executá-lo. Existem algumas adaptações que podem ser usadas, mas no geral é um exercício fácil de introduzir. No entanto, como é "primeirão" (o "zero um") o aluno que deita no Reformer pela primeira vez, ainda achando tudo bem medieval, sem ter noção do que é Pilates, vai fazer do Footwork um Leg Press. Nós, instrutores, temos um arsenal de informações na cabeça e não adianta sair metralhando o cliente com todas elas de uma vez só, porque não é possível entender tudo que levamos anos para aprender na primeira aula. Por isso, alinhe o aluno, dê comandos simples e antes de qualquer coisa, observe. O corpo em movimento vai mostrar suas necessidades. No vídeo, coloquei alguns erros comuns e como podemos melhorar usando nossas mãos e falando apenas o necessário,num primeiro momento e depois segui passando uma dica já batida, mas eficaz para aqueles que estão evoluindo. Quando o aluno começa a avançar, já conhece a sequência (Toes, Arches, Heels e Tendon Stretch) e o ritmo do exercício, talvez seja a hora de ensinar que no Pilates todos os exercícios envolvem o corpo inteiro. No caso do Footwork, os quadríceps, glúteos e panturrilhas são os músculos que trabalham de forma mais evidente, são eles que movem o carro, mas o corpo todo deve que estar vivo e presente para que haja qualidade no movimento. Eu tenho uma aluna que faz uma sequência intermediária/avançada no Reformer e conforme ela avança e eu vejo que ela é capaz de receber mais informações sobre algum exercício eu dou o comando. Normalmente, após ela fazer usando a nova direção, ela costuma comentar: "Nossa! Muito diferente. Eu estava fazendo tudo errado." Então, eu explico que não estava errado apenas podia melhorar e que nós todos sempre podemos melhorar, mas que existe um tempo para cada coisa ser adicionada. Por exemplo, a dica de fazer o Footwork com 1 mola ao invés de 4, no geral, é usada para alunos já "iniciados", pois fazer exercícios no Reformer com pouca mola vai exigir mais do nosso centro de força (casa de força, power house ou fomoso core) e se o aluno não estiver preparado para receber esse presente, ele continuará sem entender e vai dizer que está leve. É como dar um livro para quem não sabe ler. Agora aqueles que já foram iniciados no idioma Pilates, vão conseguir se conectar melhor, vão entender como vencer a mola evitando compressões desnecessária nas articulações, vão se alinhar melhor ganhando espaços e vão conseguir transferir a informação para usá-la quando voltarmos com a carga. Presentes devem ser dados de acordo com a capacidade de apreciação. Para quem nunca experimentou fazer o Footwork desta forma fica aqui o convite. Depois me conta se foi bom pra você. Quer saber mais sobre o Hundred? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

  • Hundred

    Toda vez que alguém critica o Sr. Pilates por começar com o Hundred, eu fico chateada porque sei que aquela pessoa, assim como eu em minha primeira formação, fez um curso insuficiente, por isso, lembre-se: NUNCA CRITIQUE O MESTRE Se parece louco para você é porque possivelmente você não aprendeu o passo a passo de como introduzir cada exercício. Sabe aquela citação de Friedrich Nietzsche : “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”.   Acredito que você só irá “ouvir a música” quando entrar no mundo do Pilat es Clássico e praticar Pilates dentro dessa linha, pois é praticando que a música começa a ficar audível. Talvez o Hundred tenha sido o primeiro exercício que a maioria dos professores aprendeu. Em muitos cursos ele é dado antes mesmo do Footwork. É icônico. Antes de termos uma formação no método clássico pensamos: como isso pode ser um aquecimento? Muitos profissionais ainda confundem aquecimento com alongamento. Antes de qualquer atividade física precisamos mesmo é aquecer e basta passar por ele para sentir o corpo aquecido, vivo, ansiando por mais. Ele é o primeiro da série de Mat e Joseph o colocava nesta posição porque dentro de seus objetivos estava aquecer os músculos, fazer o sangue circular e trabalhar os pulmões com uma respiração ampla e controlada para preparar o aluno para a vigorosa série que estava por vir. Além disso, é uma forma mais óbvia da conexão do centro do corpo e como começamos a fortalecê-lo. Ao observar um Hundred podemos ver como anda a força, a flexibilidade, a capacidade respiratória e até a vitalidade de uma pessoa. Não é raro chegarem ao estúdio pessoas que não sustentam suas cabeças, não dobram minimamente suas colunas, não são capazes de encher os pulmões por 5 batidas e até tossem ao esvaziá-los por 5 batidas ou ainda não tem energia suficiente para deixar os braços firmes e vigorosos. Tantas e tantas coisas podemos fazer pelo outro no simples momento em que ensinamos o Hundred. E tantas e tantas coisas podemos aprender sobre o método no simples momento de observar o outro. O exercício não necessariamente começa com 100 batidas de braço com o corpo enrolado para cima e as pernas na linha do olhar ou como é descrito no livro Retorno à Vida através da Contrologia “a poucos centímetros do chão”. Nem do jeito que podemos ver os professores fazendo no Instagram. Esse é o objetivo final do exercício. Se o profissional não passar pelo processo pedagógico nunca vai entender e talvez essas imagens sejam motivos para alguns não acreditarem que o método é para todos. Alguns professores ainda não conseguem imaginar que as pessoas que chegam ao estúdio com seus diferentes corpos, limitações, dores e objetivos irão conseguir fazê-lo. Pois sim, eles farão o Hundred, mas dentro de suas próprias capacidades. Muitos chegarão à forma avançada e outros não. Pode ser que para determinado aluno o Hundred comece apenas com as batidas de braço e as grandes respirações enquanto cabeça e pés ficam no chão. Desta forma, 99% das pessoas podem fazer. Afinal é um exercício para os pulmões e para a circulação. Tive um aluno que o fez pela primeira vez assim e, como era um cara meio arrogante, achei que ia dizer que não estava fazendo nada, mas para minha surpresa ele disse: "Caramba! Quem poderia acreditar que apenas respirar pudesse cansar tanto.”. Sim, mesmo desta forma, dependendo da capacidade respiratória da pessoa, condicionamento físico e intenção, cansa mesmo. Ainda ao respirar grande o aluno é obrigado a expandir a caixa torácica na inspiração, acionar o abdômen na expiração e ser capaz de controlar a entrada e a saída de ar, pois se puxar o ar rápido demais encherá os pulmões em 2 tempos e muitas vezes é isso mesmo que acontece. Aos poucos ele será capaz de controlar a respiração. No início não adianta bombardear o aluno com 300 informações. Nós sabemos o que queremos e precisamos ter as informações na cabeça, mas ele só precisa ser alinhado e colocado para respirar e bombear. Pronto! Isso já o obrigada a sincronizar a entrada e saída de ar com o tempo de 5 batidas (se possível, se não podem ser 3, por exemplo). O tronco vai balançar, os braços estarão frouxos, eles vão bater os braços no chão e tudo isso deverá ser corrigido, mas, como bem disse o Sr. Pilates: "Lembre-se: Roma não foi construída em um dia"! Implemente uma coisa de cada vez e acredite no método No geral, a ansiedade e expectativa são mais nossas do que deles, por isso fique tranquilo e acredite na jornada. Quer saber mais sobre o Hundred? Não perca a mentoria O Professor Universal => clique aqui! Gostou do post? Não esquece de curtir e compartilhar 😉.

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